«Não é mito, é realidade: Famalicão é capital do cinema jovem português»

Já estão selecionadas as curta-metragens que vão competir pelos prémios da oitava edição do Festival de Cinema Jovem de Famalicão. O Ymotiom recebeu 204 candidaturas, das quais foram selecionadas cerca de 40. Na grande maioria, as obras são concebidas por jovens realizadores portugueses com idade até aos 22 anos, oriundos de todos os pontos do país.

A grande novidade é que grande parte das curtas-metragens foram realizadas entre 2021 e 2022, o que faz prova da forte atualidade dos trabalhos em competição. O comissário do festival enaltece «a grande diversidade geográfica das obras em competição», assinalando que de Vila Nova de Famalicão «surge uma fornada de jovens estudantes que fizeram filmes e que provam que Famalicão ser a capital do cinema jovem português não é um mito, é já uma realidade», destaca Rui Pedro Tendinha.

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A concorrer para o ‘Grande Prémio Joaquim de Almeida’, que corresponde a um valor pecuniário de 2500 euros, estão cerca de 15 obras, entre elas: ‘2020: Odisseia no 3.º Esquerdo’ (2021) de Ricardo Leite (Ermesinde); ‘Amoreiras’ (2022) de Pedro Augusto Almeida (Universidade Nova de Lisboa); ‘Cecília e Lourenço’ (2022) de André Azevedo (Barcelos); ‘Cemitério Vermelho’ (2022) de Francisco Lacerda (Ponta Delgada); ‘Encoberto’ (2022) de Rodrigo Rebello de Andrade (Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa); ‘Esta Noite Abriu-me os Olhos’ (2022) de Tomás Mateus e Bernardo Naia (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias); ‘Farol’ (2022) de Henrique Brazão (Funchal); ‘Ilumina-me’ (2022) de César Santos (Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa); ‘Kafka’ (2021) de Tiago Iúri (Leiria); ‘Misericórdia’ (2021) de Gonçalo (Viseu); ‘O Rapaz que Pensava Demais’ (2022) de Miguel Leonardo (Setúbal); ‘Oniris’ (2021) de Raquel Levi (Setúbal); ‘Rumo ao Nada’ (2022) de Pedro Blu (Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias); ‘Seul, Avec Moi’ (2022) de Filipa Silva (Vila Nova de Famalicão); e ‘Uma Maçã para a Leonor’ (2021) de João Magalhães (Paredes / Solent University Southampton).

Para a categoria de ‘Melhor Documentário’ estão quatro curtas-metragens, na de ‘Melhor Animação’ cerca de dez – maioritariamente de realizadores ainda em percurso académico -, e na categoria ‘Escolas Secundárias’ também cerca de uma dezena de trabalhos.

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A seleção das curtas-metragens foi feita por um júri presidido pelo argumentista Tiago R. Santos, e composto por Paulo Trancoso (presidente da Academia Portuguesa de Cinema), Cláudia Clemente (escritora, realizadora e fotografa), Paulo Pires (ator), Fernando Vasquez (jornalista, critico de cinema e diretor de programação cinematográfica), Lúcia Pires (realizadora, argumentista, produtora e atriz) e Bruno Carnide (realizador, professor universitário, programador cinematográfico e curador).

Na sessão deste ano, que decorre de 21 a 26 de novembro, na Casa da Juventude, no Centro de Estudos Camilianos e na Fundação Castro Alves, Soraia Chaves é a grande homenageada, ato que decorre na sessão de encerramento, a 26 de novembro.

Conheça a lista completa de curtas-metragens em competição acedendo ao site: www.ymotion.org.

Cidade Hoje, 27 de outubro de 2022

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